It is such a vast subject that I do not know which one to
choose.
I could tell you, the
day my son was diagnosed with profound deafness.
I could tell you, the
day he had surgery that restored his ability to hear.
It seems strange but
that day I thought I had made the biggest
mistake of my life. When I saw my son I could not believe it. He looked
like something from another world. After nearly 10 hours of surgery he had is
face in bad shape.
I could also say the
day he was diagnosed with a brain tumour
was the worst of all, but the worst day of all was the day the doctors removed
most of the tumour that was in is brain.
My wife had no stomach to be with him on the day they
did the surgery to his ears. I knew perfectly well that Liliana would not have
the stomach to be with him after they removed the tumour either. No doubt she
went to see him, just moments after the surgery, but she could not stay long.
If any of you have been with a child in you arms after a surgery of this magnitude, you know very well what I am
saying.
Children have a hoarse
crying afterwards, because they were ventilated,
the anaesthetics smell is still ingrained in their body. They seem like their dying.
Filled with wires everywhere. This
Super-hero of whom I have been telling you about, spent hours tied up like a
wild animal. He was angry with me, with the doctors, with everyone. His body
was sore; he was hungry and was missing his home. The affection he received
from us all. He needed to be tied
down I know. He was not aware of anything, did not realize that he had had surgery
that could have cost him is life,
did not realize that this array of wires and tubes were there to help, feed,
check and monitor. Even if the scenario is tragic, nothing keeps me up. I slept
like a baby after learning that my son was deaf, after learning that she had a tumour.
When I picked him up
from his ears surgery, it was hard,
but after 3 or 4 hours he was already much better. His face was no longer
swollen and he was more aware of everything. On the day that he removed the tumour
I was at the edge of my son’s bed and I could
not calm him down, I could not sleep. I spent hour after hour of the greatest distress and pain you can imagine.
I did this because I knew that I would convey more security to my son, but also
to spare my wife. It was because of
this. All this suffering, all this anguish, all this pain, I decided to write
this blog. I do not want you to read my blog to feel sorry for me. I do not want you to read my blog to comfort me. I do
not want you to read the blabbering of another ordinary mortal. I want YOU to open your eyes. Wake up and
smell the coffee. I'm living it all, but YOU;
you can avoid this; YOU can reduce
the chances of this happening to you. YOU
can protect those around you. I'm not writing this just for anyone who has a tumour
(they already have so much to think about), I am writing this for those who
have nothing, and don’t want to have to go to the hospital and get a doctor
telling them their kid has a tumour. Worse than that, have the doctor tell you
that your kid has an INOPRABLE tumour.
I'm here trying to
warn you. Wake up. Search for answers. Ask questions.
Ask God for guidance
above all.
That God will bless.
É um tema tão vasto que nem sei qual deles
escolher. Podia dizer o dia em que o meu filho foi diagnosticado com surdez profunda. Poderia dizer o dia em
que ele fez a cirurgia que lhe devolve a audição. Parece estranho mas nesse dia
pensei que tinha cometido o maior erro
da minha vida. Quando vi o meu filho nem queria acreditar. Parecia uma coisa do
outro mundo. Depois de quase 10h de cirurgia ele tinha a cara em péssimo
estado. Poderia dizer também que no dia em que ele foi diagnosticado com um
tumor cerebral foi o pior de todos, mas o pior dia de todos foi mesmo o dia em
que lhe removeram grande parte do tumor que se encontrava na zona do cerebelo.
A minha esposa
não teve estômago para estar com ele
no dia que fez a cirurgia aos ouvidos e eu sabia perfeitamente que não ia ter
estômago para estar com ele depois de lhe removerem o tumor. Ela foi vê-lo
claro, mal acabou a cirurgia, mas não conseguiu ficar muito tempo. Se algum de vocês já esteve com um filho nos
braços depois de uma cirurgia desta magnitude,
sabe bem o que eu estou a dizer.
As crianças têm
uma forma de chorar rouca, pois foram ventiladas,
o cheiro do anestésico ainda esta impregnado no seu corpo. Parecem moribundos.
Cheios de fios por todo o lado. Este
Super-heroi de quem vos tenho vindo a falar nestes dias, passou horas amarrado como se fosse um animal
selvagem. Ele estava revoltado, comigo, com os médicos. Com todos. Tinha o
corpo dorido, tinha fome e tinha saudades da sua casa. Dos carinhos que recebia
de todos nós. Ele precisava de estar amarrado eu sei. Ele não tinha consciência
de nada, não percebia que tinha feito uma cirurgia que lhe poderia ter custado
a vida, não percebia que aquela
panóplia de fios e tubos estavam ali para o ajudar, alimentar, monitorizar. Por
mais trágico que seja o cenário, nada me tira o sono. Dormi como um bebé depois
de saber que o meu filho era surdo, depois de saber que tinha um tumor.
Quando peguei
nele depois da cirurgia aos ouvidos, foi duro, mas passadas 3 ou 4 horas ele já
estava muito melhor. A cara já não estava inchada e ele estava mais bem
disposto. No dia que lhe removeram o tumor eu fui para a beira do meu filho e não consegui acalma-lo, não consegui
dormir. Passei horas seguidas da maior
angustia e sofrimento que possam imaginar. Fiz isto pois sei que eu iria
transmitir mais segurança ao meu filho, mas também para poupar a Liliana. Foi por tudo isto. Todo este sofrimento, toda
esta angustia, toda esta dor, que decidi escrever este blog. Eu não quero que
vocês leiam o meu blog para sentirem pena
de mim. Não quero que leiam o meu blog para me confortarem. Nem quero que leiam
os devaneios de mais um comum mortal. Eu quero é que abram os olhos. Acordem
para a vida. Eu estou a viver tudo isto, mas TU, podes evitar isso, TU
podes reduzir as probabilidades de isto te vir a acontecer a ti. TU podes proteger aqueles que te
rodeiam. Eu não estou a escrever isto apenas para quem tem um tumor (esses já
têm tanto em que pensar), eu estou a escrever isto para quem não tem nada, nem
quer ter. Não queiras ter que ir ao hospital e ter um medico a dizer-te que o
teu filho tem um Tumor. Pior ainda, não queiras ter um médico a dizer-te que o
teu filho tem um Tumor INOPERAVÉL.
Eu estou aqui a
tentar alertar-vos. Acordem. Pesquisem. Perguntem.
Peçam a Deus que
vos oriente acima de tudo.
Que Deus vos
possa abençoar.
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