quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

PERFECT DAY \ DIA PERFEITO



After weeks trapped in the hospital, unable to really change what Matthew ate, I was happy we where going home as you can imagine. At the hospital you get served regular hospital food. Yogurt (made with modified milk, full of chemicals Flavours as well as sugars. If I did not say it before, sugar promotes the growth of tumours), biscuits (one more thingy that is highly manipulated with chemicals and sugars) and apart from that, the regular meals. Let's be honest. Who here, likes hospital food? Of course you can say. Man, we adults are picky about anything really. Of course we do not like hospital food. And if we don’t like it, kids are even worst. My son quickly began to get an aversion to hospital food, so I was eager to return home. Now it was going to be great, we would give him loads of good things for his body. Matthew came home with haemoglobin values ​​a bit low, so I knew what I had to give him to improve it.
Apple is a fruit that has iron so I started with that. For breakfast I decided to make porridge. A little organic soy milk (as an alternative to cow's), oatmeal (100%, the composition should have nothing more than oatmeal, if you have anything else, it’s a chemical, so avoid the instantaneous) mixed it all up and added a little cinnamon to give it a sweeter taste. Then I decided to make a juice to help him recover is red blood cells (haemoglobin). Beetroot is rich in iron, but to help the body absorb more iron, I decided to join orange juice. 1 beet and two oranges in a blender and that's it. I was trilled. Excited and happy because my son was going to give a few more steps into his recovery. All this in theory is very beautiful, everything works. The day before had been very well indeed.
I was very surprised with his reaction. He did not want to eat the porridge. I put a spoon in his mouth and he spat it out. Just looking at the colour of the juice was enough to get a straight NOOOO. After so much work I was gutted, but I did not throw the towel to the ground. I decided to give it another go with the porridge, so I turned it into flour and made it again. The idea was that the consistency was better for his taste. It was not quite as well as I wanted, but it served as an experience for a next try. Chopped a bit of dark chocolate (70% cocoa because it has a low glycaemic value and helps, in the fight against cancer) and Matthew saw me mixing it up and was interested, but when the time came to eat it he was not interested anymore. Throughout the day he did not eat anything. Chemotherapy takes the desire to eat and also affects the digestive system. The mouth may even have sours. It's great to have him at home, but it’s hard to deal with when he is not eating anything. Just ate a little soup. Tomorrow will be better. Although not easy I will not give up. Giving up is not an option.
May God bless.


Ora ao fim de semanas presos no hospital, sem puder alterar muito o seu tipo de alimentação, estava contente com o nosso regresso a casa. No hospital apenas é servida a alimentação convencional. Iogurtes (feitos com leite alterado, cheios de químicos aromatizadores assim como açucares. Se eu ainda não tinha dito o açúcar promove o crescimento dos tumores), bolachas ( mais uma coisinha altamente manipulada com químicos e açucares) e tirando isso, tem as refeições do dia. Vamos ser sincero. Quem aqui gosta de comida de hospital? Claro que podem dizer. É pá, nós adultos somos uns esquisitos do caneco e por isso temos a mania. Claro que não gostamos de comida de hospital. E se nós não gostamos, os miúdos muito menos. O meu filho depressa começou a ganhar aversão há comida do hospital, por isso eu estava desejoso de voltar a casa. Agora é que ia ser vê-lo a comer coisas boas e a melhorar a olhos vistos. O Matthew saiu com os valores de hemoglobina um pouco baixos, por isso eu já sabia o que lhe tinha de dar para melhorar isso.
A maçã é um fruto que tem ferro por isso comecei por ai. Para o pequeno almoço decidi fazer papas de aveia. Um pouco de leite de soja biologico( em alternativa ao leite de vaca ), aveia (100% integral, na composição não deve ter nada mais que aveia, se tiver mais alguma coisa, é um químico, por isso evitem os instantâneos e tudo o mais) juntei tudo no fervedor e adicionei um pouco de canela pra lhe dar um sabor mais adocicado. Depois decidi fazer um sumo para o ajudar a recupera glóbulos vermelhos ( hemoglobina). Beterraba é muito rica em ferro, mas para ajudar o corpo a absorver mais ferro, decidi juntar sumo de uma laranja. 1 beterraba e duas laranjas no liquidificador e já está. Estava feliz da vida eu. Animado e feliz pois o meu filho ia dar mais alguns passos na sua recuperação. Isto na teoria é muito bonito, tudo funciona. Ele no dia anterior tinha estado muito bem mesmo.
Nada fazia adivinhar que ele fosse ter a reação que teve. Não quis comer as papas. Meteu uma colher na boca e deitou fora. O sumo só de olhar para a cor, nem queria ouvir falar. Depois de tanto trabalho fiquei triste, mas não baixei os braços. As papas de aveia eu tinha ralado com a varinha depois de terminar, mas decidi tentar novamente. Ralei a aveia para ficar tipo farinha, coloquei no fervedor e juntei a canela e o leite de soja. A ideia era que a consistência fica-se parecida com cerelac. Não ficou bem bem como eu queria, mas serviu de experiência para da próxima correr melhor. Esfarelei um pouco de chocolate negro (70% cacau pois tem baixo valor glicémico e ajuda no combate ao cancro, o do continente é bom) e o Matthew viu-me a fazer isso e ficou interessado, mas quando chegou a hora de comer, uma vez mais não quis nada. Durante o dia todo não comeu quase nada. A quimioterapia que ele fez tira muito a vontade de comer e afecta muito o sistema digestivo. A boca fica com aftas podendo mesmo ganhar chagas. É muito bom estar com ele em casa, mas quando não come é complicado. Comeu apenas um pouco de sopa. Amanhã vai correr melhor. Apesar de não ser fácil não vou desistir. Desistir não é uma opção.

Que Deus vos abençoe ricamente.

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